terça-feira, 13 de abril de 2010

MOVIMENTOS ARTÍSTICOS CONTEMPORÂNEOS
Depois da Segunda Guerra Mundial , sobrepõe-se aos costumes a necessidade da produção em massa, a partir do momento que surgi um movimento na arte esse movimento revela-se na pintura, na literatura, na moda, no cinema e em tantas outras artes tão diferentes. Sendo a arte transcendente, para um determinado movimento surgir é muito provável que surja antes na sociedade.
Este período (contemporâneo) surgiu na década de 60. As formas dos objecto tornam-se, quase subitamente, aerodinâmicas, alusivas ao espaço, com forte recorrência ao brilho do vinil. Na década de 70 a arte contemporânea é um conceito a ter em conta. A partir de um certo tempo notou-se que a arte produzida naquele perúodo já não tinha correlação a arte moderna do inicio do século XX. A arte contemporânea entra em cena a partir da década de 60, quando as importantes mudanças no mundo e na nossa relação de tempo e espaço transformam globalmente os seres humanos.
Sendo assim as artes contemporaneas são:
- Pop Art
- Op Art
- New Data
- Minimalismo
- Glam Rock
- Neoconcretismo
- Arte Conceitual
- Happening
- Performance
- Internet Art
- Fotorrealismo
- Arte Povera
- Street Art
- Body Art
- Instalações



ARTE CONCEITUAL
A Arte Conceitual é aquela que leva em consideração o conceito que existe por trás de uma obra artística, até mesmo mais do que a própria obra; começam no trabalho de Marcel Duchamp e continuaram até a metade do século XX.
Alguns países que não levavam em consideração as discussões teóricas, quando o assunto era a arte, foram focos deste movimento, como por exemplo a Inglaterra.
Os principais meios para se expressar eram as fotos e os textos, seguidos de fita K-7, vídeos, diogramas, etc.
Artistas como Lawrence Weiner, Robert Barry e Joseph Kosuth são alguns dos principais expoentes desse tipo de arte, e em suas obras preferiam se expressar com elementos que não desviasse a obra do seu verdadeiro propósito.
No Brasil artistas como Artur Barrio, Baravelli, Carlos Fajardo, Cildo Meirelles, José Rezende, Mira Schendel, Tunga e Waltércio Caldas começam a desenvolver um trabalho nessa forma de expressão.
Utilizando-se de imagens comuns, como por exemplo, a cadeira de Kosuth, em que pode se argumentar não ter acrescentado nada ao conhecimento de qualquer pessoa, acostumada com uma cadeira, não costumava ser bem recebida pelo público.
Além disso, o problema maior era que, não acrescentando nada, essas experiências fora do eixo convencional tornavam difícil o julgamento do que era realmente uma obra de arte ou simples amadorismo. Mas o objetivo real dos artistas era popularizar a arte, e fazer com que ela fosse um veículo de comunicação.
Neste movimento o público passa a ser um receptor ativo, pois o entendimento da obra depende da reflexão dos mesmos, mas isso não torna o trabalho do artista mais fácil.
HAPPENING
Happening (do inglês, acontecimento), é um termo criado no final dos anos 50 pelo americano Allan Kaprow, e é um movimento cujo a forma de expressão esta baseado nas artes visuais, e tem por característica dos artistas incorporarem elementos de espontaniedade ou improvisação, assim, cada obra muda a cada apresentação, podendo até não seguir a ordem começo, meio e fim.
Como ocorre com o teatro e as óperas, o happening acontece em tempo real, só que dispensa as convenções artísticas.
Para alguns historiadores o Happening é apenas um sinônimo da Performance, mas na realidade trata-se de movimentos parecidos, e não iguais. O happening, como dito a cima utiliza-se da espontaniedade e outra característica é que geralmente há interação com o público (direta ou indiretamente).
Os principais artistas foram: Allan Kaprow, Claes Oldenburg, Jim Dine, John Cage, Robert Rauschenberg, Roy Lichtenstein, Wolf Vostell, Matheus Garcia.
Seu modelo primeiro são as rotinas e, com isso, ele borra deliberadamente as fronteiras entre arte e vida. Nos termos de Kaprow: "Temas, materiais, ações, e associações que eles evocam devem ser retirados de qualquer lugar menos das artes, seus derivados e meios".
O primeiro Happening da história é o de Cage, responsável pelo Theater Piece # 1, ou simplesmente "o evento", realizado no Black Mountain College, na Carolina do Norte, Estados Unidos, em 1952. No espetáculo, M. C. Richards e o poeta Charles Olson lêem poemas nas escadas enquanto David Tudor improvisa ao piano e Merce Cunningham dança em meio à audiência.

PERFORMANCE
A Performance Art,f oi introduzida em 1960, pelo grupo Fluxus, e o seu principal difusor foi Joseph Beuys. E é um movimento artiístico que se caracteriza por alguns elementos em suas obras, como: teatro, música, poesia, vídeo. Este tipo de arte fui muito usada no início do século XX, mas suas origens esta ligada aos movimentos de vanguarda.
Esta arte geralmente segue um roteiro, e é cuidadosamente elaborada, pois não necessariamente envolve espectadores, assim, necessita de fotos, vídeos ou documentos descritivos para tornar o trabalho conhecido ao público. Pode estar ligada ao Happening, só se diferenciando que na performance não há interação com o público.
Sua principal característica é a relação da arte e a vida cotidiana, assim como o rompimento das barreiras da arte e não-arte; e têm uma característica de evento, repetindo-se poucas vezes e realizando-se em espaços não habitualmente utilizáveis para encenações, valorizando o processo criativo mais do que o resultado artístico, porém não abrindo mão de dar um acabamento estético às apresentações.
São exibições organizadas por Georges Maciunas (1931-1978), entre 1961 e 1963, que dão uma projeção inédita a essa nova forma de arte. Os experimentos de Nam June Paik (1932), assim como os de John Cage (1912-1992), que associam performance, música, vídeo e televisão, estão comprometidos com a exploração de sons e ruídos tirados do cotidiano, desenhando claramente o projeto do Fluxus de romper as barreiras entre arte e não-arte. No Brasil o destaque vai para Flávio de Carvalho (1899-1973), e foi pioneiro na modalidade em meados dos anos 50.
Os principais artistas são: Denise Stoklos, Otavio Donasci, Grupo Ornitorrinco, grupo Manhas & Manias, TVDO, Paulo Yutaka, Michel Groisman, Franklin Cassaro, Chelpa-Ferro, Amilcar Parker, Aguillar, Ivald Granatto, Guto Lacaz, Arnaldo & Go, Ivaldo Bertazzo, Mabou Mines, Laurie Anderson, grupo Ping Chong, Spalding Gray, Andy Warhol, Grupo Fluxus, Claes Oldenburg, Allan Kaprow, John Cage, Merce Cunningham, Name June Park, Bob Ashley etc.
Na performance pode-se utilizar um imenso leque de elementos cênicos o que, mais uma vez, a coloca em uma posição diferente à do teatro, apesar de ser muito parecidos. Nessa nova arte, não há uma supremacia do ator sobre os elementos. A cena é formada por diversos signos, inúmeras informações e o ator, muitas vezes, representa apenas mais um elemento do espetáculo.

INSTALAÇÃO
Difundida a partir da primeira metade do século XX, a Instalação é um movimento onde as obras são compostas por elementos organizados em um ambiente fechado, e esses elementos organizados em um determinado espaço cria uma relação com o espectador.
Tem por característica ser uma obra de arte somente na exposição ao público, e que na hora que for desmontada não haverá mais arte. É fato que este movimento só pode ser lembrado por fotos ou vídeos.
Com a instalação algumas das possibilidades que se pode causar no público é o frio, calor, solidão, odores, etc. Tudo isso para interagir com as pessoas que estão vendo a obra.
Alguns dos principais artistas são: Marina Abramovic, Artur Barrio, Vanessa Beecroft, Lee Bul, Christo e Jean-Claude, Maurizio Collini, Wim Delvoye, Norman Dilworth, Gary Hill, Ruediger John, Anish Kapoor, Barbara Kruger, Misha Kuball, Ande Leccia, Sol Le Witt, Richard Long, entre outros.
A permanência da Instalação é um fenômeno destacável na Arte Contemporânea, sendo uma das mais importantes tendências atuais. A instalação, na Contemporaneidade tornou-se mais complexa e multimidial, enfatizando a espetacularidade e a interatividade com o público.

LAND ART
É o tipo de arte em que o ambiente natural, ao invés de ser suporte para a arte, é a própria arte, ou seja, ele integra-se a obra.
A Land Art teve seu surgimento no final da década de 60, como consequência de uma insatisfação crescente da monotonia cultural do minimalismo, junto com o aumento de interesse com a questão da ecologia
O conceito estabeleceu-se numa exposição organizada na Dwan Gallery, Nova York, em 1968, e na exposição Earth Art, promovida pela Universidade de Cornell, em 1969.
Essa arte, por suas características , não é possível expor em museus ou galerias. Deviso às muitas dificuldades de colocar-se em prática a Land Art, suas obras muitas vezes não vão além do projeto, assim, a afinidade com a arte conceitual é mais do que apenas aparente.
Dentre as obras que foram efetivamente realizadas, a mais conhecida talvez seja a Plataforma Espiral (Spiral Jetty), de Robert Smithson (1970), construída no Grande Lago Salgado, em Utah, nos EUA.
Os principais artistas deste movmento são: Robert Smithson, Sol Le Witt, Robert Morris, Carl Andre, Christo & Jeanne-Claude, Walter de Maria, Dennis Oppenheim, Richard Long.
INTERNET ART
A Internet Art ou Web Art, disponibiliza ao público um canal de experiências audiovisuais.
Este trabalho parte do princípio de estabelecer relações com a sensibilidade do internauta, tornando a navegação na rede um experiência cômica, estética, repetitiva, entre outras sensações.
Assim, a leitura de típicos trabalhos de Web Arte que se utilizam de elementos do universo computacional (botões padrão, barras de navegação, mensagens típicas de softwares etc.) dependerão da existência das informações deste universo no repertório visual do visitante. Em outras palavras, se ele não conhecer do que exatamente se trata, sua leitura irá correr o sério risco de não ser satisfatória e ficar somente no nível estético ou de composição estrutural das imagens. Atualmente, a Web Arte apresenta-se como uma expressão com linguagem ainda em definição. Muito do que é produzido para a Internet, ainda parte de conceitos oriundos de outros meios já existentes, como a pintura, a fotografia, o cinema e o vídeo. Apenas o que for produzido sendo pensado para a rede Internet pode ser chamado de Web Arte.
GLAM ROCK
O Glam rock (menos comum, e principalmente nos EUA, conhecidos como glitter rock), era um estilo de música nascido no final dos anos 60 e popularizado no início dos anos 70. Era principalmente um fenômeno inglês que foi difundido em meados de 1971 e 1973. Nos EUA, o Glam rock teve um menor impacto e foi apenas difundido por fãs de musica nas cidades de Nova Iorque e Los Angeles. O Glam foi marcado pelos trajes e performances com muitos cílios postiços, purpurinas, saltos altos, batons, lantejoulas, paetês e trajes elétricos dos cantores. Eram os tempos da androginia e do glamour e suas musicas agitadas de rock n’ roll esbanjavam energia sexual.
Mais que um gênero musical, o Glam Rock, também chamado de Glitter Rock, tem a ver com estilo. Um estilo nada discreto que apareceu na Inglaterra do início dos anos 70 e se popularizou principalmente a partir da explosão do alter-ego de David Bowie, Ziggy Stardust. Não sendo um gênero musical fechado e bem formalizado, as mais diferentes bandas foram classificadas de Glam. Desde o pré Hard-Rock de Garry Glitter e Kiss até punk de butique (esse sim o verdadeiro) do New York Dolls, passando pelo tecno-pop do Roxy Music. Beatles, Rolling Stones e The Who tocavam em clubes, casas de show ou faziam turnê com uma dezena de outras bandas, e levavam os shows com muito iluminações das mais diversas, pirotecnia, fogo e fumaça.
O estilo das bandas de Glam pode ser definido como uma combinação da “elegância” ultra colorida dos hippies com a dureza do mods. Da mesma forma, a sonoridade do Glam Rock varia entre a frivolidade flower power.
No Brasil, os Secos e Molhados foram um dos grupos mais festejados na história do Rock nacional. As performances de Ney Matogrosso com trajes de índio rebolado ao estilo Carmem Miranda e vocais agudos renderam à banda sucesso de crítica e público. Enquanto os Mutantes, ou o que restava deles, se entregavam cada vez mais ao LSD e ao Rock Progressivo se tornando cada vez mais antiquados e esquecidos, Rita Lee parecia estar mais atenta às novas tendências do Rock. Outro grupo que entrou na moda foi o Casa das Máquinas. Entre os maiores e menos conhecidos, representantes do Glam no Brasil são Eddy Star, ex-parceiro de Raul Seixas e Sérgio Sampaio e Serguei.

FOTORREALISMO
O termo remete a uma tendência artística que tem lugar no final da década de 1960, sobretudo em Nova York e na Califórnia, Estados Unidos. Trata-se da retomada do realismo na arte contemporânea, contrariando as direções abertas pelo minimalismo e pelas pesquisas formais da arte abstrata. Menos que um recuo à tradição realista do século XIX, o "novo realismo" finca raízes na cena contemporânea, dizem os seus adeptos, e se beneficia da vida moderna em todas as suas dimensões: é ela que fornece a matéria (temas) e os meios (materiais e técnicas) de que se valem os artistas. A série de exposições realizadas entre 1964 (O Pintor e o Fotógrafo, Universidade de Novo México, Albuquerque) e 1970 (22 Realistas, Whitney Museum, Nova York) assinala o reconhecimento público da nova vertente. Hiper-realismo ou foto-realismo, como preferem alguns, os termos permitem flagrar a ambição de atingir a imagem em sua clareza objetiva, com base em diálogo cerrado com a fotografia. Os hiper-realistas "fazem quadros que parecem fotografias", afirma o crítico Gilles Aillaud por ocasião de uma exposição no Centro Nacional de Arte Contemporânea de Paris, em 1974. A frase traduz uma reação corriqueira diante das obras, o que não quer dizer que os artistas deixem de assinalar as diferenças existentes entre pintura e fotografia.
O Fotorrealismo é um tipo de pintura que não pode existir sem a fotografia. Os fotorrealistas usam uma câmara e a fotografia para reunir informação e depois transferem ao lienzo essas imagens (em algumas ocasiões por meios semimecánicos). O pintor tem habilidade técnica suficiente para fazer que o resultado final pareça fotográfico.
Dentro da primeira geração de artistas fotorrealistas encontram-se pintores como Richard Lestes e Chuck Close. Na Europa o movimento está representado pelosuiço Franz Gertsch ou o espanhol Juan Francisco Casas.

ARTE POVERA
Arte Povera (significando Arte Pobre) foi um movimento artístico italiano que se desenvolveu na segunda metade da década de 60.
O termo Arte Povera surgio através do critico Germano Celant, que inventou em 1967 e tentou, todo o tempo, buscar uma definição para ele.
Seus adeptos usavam materiais de pintura não convencionais (ex.: terra, madeira e trapos) com o intuito de empobrecer a pintura e eliminar quaisquer barreiras entre a arte e o dia-a-dia das pessoas.
Os artistas da Arte Povera tiveram o mérito de desafiar os padrões da arte vigente, ocupando o espaço com seu transcendental e intemporal nível de realidade. Por exemplo, a obra Structure that Eates (1968, Sonnabend Collection, New York), de Giovanni Anselmo, foi deliberadamente transitória, consistindo de duas pedras, entre as quais o artista inseriu vegetais, cujo apodrecimento provocou o colapso da estrutura.
O uso de matéria viva foi visto de forma ainda mais espetacular na instalação de Kounellis, em que uma arara foi posta em frente a uma tela pintada, demonstrando que a natureza contêm cores ainda mais vívidas que qualquer pintura.
A singularidade do trabalho de arte foi outro desafio posto pela Arte Povera, como em Mimesis, de Paolini, que foi feita simplesmente de dois pedaços de gesso de uma mesma escultura, colocados um diante do outro, como se estivessem dialogando entre si.
Percebe-se, pois, tratar-se de um movimento subversivo, que tem sua origem no clima político dos anos 60, em particular a revolva de estudantes no Quartier Latin, em 1968 e a oposição mundial à guerra do Vietnã (o Brasil viveu esse clima com a mesma intensidade, de 1964 a 1968).
Havia outra preocupação dos artistas, que era criar uma forma de interação entre o trabalho e o espectador. Na obra Vietnã, de Pistoletto, as imagens estavam coladas a um espelho que refletia os visitantes da galeria que, assim, tornavam-se também figuras transitórias do quadro.
Ainda que o conteúdo político de Vietnã estava bem definito, Kounellis fez um comentário mais enigmático da civilização ocidental, criando acontecimentos e instalações com cacos de gesso de esculturas de antigas esculturas.
Embora a Arte Povera tenha sido associada à Arte Conceitual praticada em outros países, seus artistas realizaram uma produção própria, de inquestionável individualidade.
Seus trabalhos fora largamente expostos na Itália e no restante da Europa, assim como nos Estados Unidos, trazendo significativa contribuição para a arte de vanguarda nas últimas décadas do Século 20, apesar do ressurgimento da pintura figurativa nos anos 80.
Os principais artistas são: Michelangelo Pistoletto, Jannis Kounellis, Giovanni Anselmo, Giuseppe Penone, Giulio Paolini, Mario Merz, Luciano Fabro, and Gilberto Zorio.

NEOCONCRETISMO
O Neo-concretismo foi o movimento das artes plásticas que começa em 1957, no Rio de Janeiro, como dissidência do Concretismo paulista. Insatisfeitos com o que consideravam excesso de racionalismo, alguns artistas aliam ao Concretismo uma dose maior de sensualidade. Isso é feito com o uso mais livre da cor nas telas e com a criação de objetos que dependem da manipulação do espectador. Tendo como mentores o poeta Ferreira Gullar (1930-) e a artista plástica Lygia Clark, esses artistas expõem suas idéias no Manifesto Neoconcreto, publicado no Jornal do Brasil em 1959.
Os neoconcretos podem ser divididos em dois grupos. Com maior liberdade de concepção, o primeiro produz pinturas, esculturas e objetos que combinam essas duas formas de arte. Entre eles destacam-se os escultores Amilcar de Castro (1920-), Franz Weissmann (1914-), Willys de Castro (1926-1988) e Hércules Barsotti (1914-). Amilcar de Castro trabalha com chapas de ferro que são dobradas no espaço como folhas de papel. Willys de Castro faz os chamados relevos de parede, desenvolvendo objetos de madeira ou metal que mesclam pintura e escultura. O segundo grupo estimula a percepção tátil, além da visual, para que o público interaja com suas obras. Seus maiores representantes são Lygia Clark, Hélio Oiticica e Lygia Pape (1929-). Uma das principais obras de Lygia Clark é a série Bichos, composta de peças de metal unidas por dobradiças. O espectador pode manipular o objeto e modificar sua forma.
Os autores mais importantes são Oswald de Andrade e Mário de Andrade, os principais teóricos do movimento. Destacam-se ainda Menotti del Picchia e Graça Aranha (1868-1931). Oswald de Andrade várias vezes mescla poesia e prosa, como em Serafim Ponte Grande. Outra de suas grandes obras é Pau-Brasil. O primeiro trabalho modernista de Mário de Andrade é o livro de poemas Paulicéia Desvairada. Sua obra-prima é o romance Macunaíma, que usa fragmentos de mitos de diferentes culturas para compor uma imagem de unidade nacional. Embora muito ligada ao simbolismo, a poesia de Manuel Bandeira também exibe traços modernistas, como em Libertinagem.
Heitor Villa-Lobos é o principal compositor no Brasil e consolida a linguagem musical nacionalista. Para dar às criações um caráter brasileiro, busca inspiração no folclore e incorpora elementos das melodias populares e indígenas. O canto de pássaros brasileiros aparece em Bachianas Nº 4 e Nº 7. Em O Trenzinho Caipira, Villa-Lobos reproduz a sonoridade de uma maria-fumaça e, em Choros Nº 8, busca imitar o som de pessoas numa rua. Nos anos 30 e 40, sua estética serve de modelo para compositores como Francisco Mignone (1897-1986), Lorenzo Fernandez (1897-1948), Radamés Gnattali (1906-1988) e Camargo Guarnieri (1907-1993).


POP ART
Pop Art, movimento que usava figuras e ícones populares como tema de suas pinturas. Com o objetivo da crítica irônica ao bombardeamento da sociedade capitalista, ela operava com signos estéticos de cores inusitadas massificados pela publicidade e pelo consumo, usando como materiais principais gesso, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, como de uma escala de cinquenta para um, transformando o real em hiper-real.
Adorno e Horkheimer, nos anos 20, cunharam o termo “indústria cultural” para expressar o quê mercantil do mundo, um fenômeno típico do essencial das criações do espírito. Em meados da década de 60 os artistas, por sua vez, defendem uma moderna, irreal, que se comunique diretamente com o público por meio de signos e símbolos retirados do imaginário que cerca a cultura de massas e a vida cotidiana. A defesa do popular traduz uma atitude artística adversa ao hermetismo da arte moderna. Nesse sentido, esse movimento, que é considerado chato, se coloca na cena artística como um dos movimentos que recusa a separação arte/vida. E o faz pela incorporação das histórias em quadrinhos, da publicidade, das imagens televisivas e do cinema. Assim, surge a Pop Art, na Inglaterra, através de um grupo de artistas intitulados Independent Group. A primeira obra considerada Pop é o que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes. Os artistas e críticos integrantes do Independent Group lançam em primeira mão as bases da nova forma de expressão artística, que se beneficia das mudanças tecnológicas e da ampla gama de possibilidades colocada pela visualidade moderna, que está no mundo - ruas e casas - e não apenas em museus e galerias. Eduardo Luigi Paolozzi, Richard Smith e Peter Blake são alguns dos principais nomes do grupo britânico.
Ao contrario do que surgiu na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos os artistas trabalam isoladamente até 1963, Qando duas exposições ( Arte 1963: novo vocabulário, Arts Council, Filadélfia e Os novos realistas, Sidney Janis Gallery, Nova York) reúnem obras que se beneficiam do material públicitário e da mídia. È necesse momento que os nomes de Andy Warhol, roy Lichtenstein, Claes Oldenburg, James Rosenquist e Tom Wesselmann surgem como principais representantes da Arte Pop em solo norte-americano. Sem estilo comum, programas ou manifestos, os trabalhos desses artistas se afinam pelas temáticas abordadas, pelo desenho simplificado e pelas cores saturadas. A nova atenção concedida aos objetos comuns e à vida cotidiana encontra seus precursores na antiarte dos dadístas.
OP ART
Op Art é um termo usado para descrever a arte que explora a falibilidade do olho e pelo uso de ilusões ópticas.
Os trabalhos são no geral abstratos, a maioria das peças mais conhecidas usam apenas o preto e branco. Ao serem observadas dão a impressão de movimento, clarões ouvibração, ou muitas vezes parecem inchar ou deformar-se.
Esse moviemnto ganhou força na metade da década de 50, a Op Art passou por um desenvolvimento lento. Ela não tem o ímpieto atual e o apelo emocional da Pop Art; em comparação parece excessivamente cerebral e sistemática mais próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia.
O termo surgiu pela primeira vez na Time Magazine emOutubro de 1964, embora já existiam trabalhos que poderiam ser considerados como “Op Art”. Um dos exemplos é o trabalho de Victor Vassarely, Zebra (1938), que é inteiramente comoposto por listas diagonais a preto e branco, curvadas de tal modo que dão a impressão tridimensional de uma zebra sentada, essa é considerada uma das primeiras obras de op art.
Em 1965, uma exposição chamada The Responsive Eye ( O Olho que responde), composta inteiramente por trabalhos de op art, abriu em Nova Iorque. Esta exposição fez muito para trazer a op art à ribalta, e muitos dos artistas hoje considerados importantes no estilo exibiram lá trabalhos seus. Em seguida, a op art tornou- se tremendamente popular, e foram usadas imagens de op art em vários contextos comerciais. Bridget Riley é talvez a mais conhecida dos artistas de op art. Inspirando- se em Vassarely, pintou uma serie de quadros só com linhas pretas e brancas. Seus quadros não tinham empressão de um objeto do mundo real, eles davam a impressão de moviemnto ou cor.
Contrastes violentos de cor são por sua vez usados para produzir ilusões de movimento similares às obtidas a preto e branco. Outros Artistas op art de notas são Alexander Calder, Youri Messen- Jasmin e Victor Vassarely.

MINIMALISMO
A palavra minimalismo se refere a uma série de movimentos artísticos e culturais que percorreram diversos momentos do século XX e que preocuparam-se em se exprimir através de seus mais fundamentais elementos, especialmente nas artes visuais, no design, na música e na própria tecnologia. Em outros campos da arte, o termo também é usado para descrever as peças de Samuel Beckett, os filmes de Robert Bresson, os contos de Raymond Carver e até mesmo os projetos automobilísticos de Colin Chapman, entre outros.
O minimalismo nas artes plasticas surge após o ápice do expressionismo abstrato nos Estados Unidos, esse movimento marcou a mudança do eixo artístico mundial da europa para os Estados Unidos. Contrapondo-se a esse movimento, o minimalismo procurava através da redução formal e da produção de objetos em série, que se transmitisse ao observador uma percepção fenomenológica nova do ambiente onde se insiriam.
Na música clássica das últimas três décadas o termo minimalismo foi usado para eventualmente se referir à produção musical que reúne as seguintes características: repetição (frequentemente de pequenos trechos, com pequenas variações através de grandes períodos de tempo) ou estaticidade (na forma de tons executados durante um longo tempo); ritmos quase hipnóticos. É frequentemente associada (e inseparável) da composição na música eletrônica,música psicodélica ou até mesmo no punk rock.
A literatura minimalista é caracterizada pela economia de palavras. Os autores minimalistas evitam advérbios e preferem sugerir contextos a ditar significados. Espera-se dos leitores uma participação ativa na criação da história, pois eles devem “escolher um lado” baseados em dicas e insinuações, ao invés de representações diretas. Os personagens de histórias minimalistas tendem a ser banais, comuns, inexpressivas, nunca famosos detetives ou ricos fabulosos. Geralmente, as histórias são pedaços da vida
O minimalismo surgiu de artista como Sol LeWitt, Frank Stella, Donald Judd e Robert Smithson. Eles ultrapassavam os conceitos tradicionais sobre a necessidade do suporte, procuravam estudar as possibilicades estéticas de composição não através de pinturas ou esculturas, mas a partir de estruturas bi ou tridimensionais que podem ser chamadas de “objetos” ( ou ainda, “não- objetos”, dada a sua inutilidade) e eveltualmente de instalações. Desta forma não se submetiam a limitação que se fazia entre campo da pintura e o campo da escultutra, indo além deste conceito. Também notáveis sáo os pós- minimalista incluindo Martin Puryear, Tyrone Mirchell, Melvin Edwards e Joel Shapiro.

STREET ART
A expressão Arte Urbana ou Street Art refere-se a manifestação artíscias desenvolvidas no espaço público, distinguindo-se da manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo.
Um movimento underground, a street art foi gradativamente se constituindo como forma do fazer ártistico, abrangendo várias modalidade de grafismo- algumas vezes muito ricos em detelhes, que vão do Graffiti ao Estêncil, passando por stickers, cartazes lambe – lambe ( também chamados posters- bombs), intervenções, instalações, flash mob, entre outras.
A expressão Arte Urbana surge inicialmente associada aos pré-urbanistas culturalistas como John Ruskin ou William Morris e posteriormente ao urbanismo culturalista de Camillo Sitte e Ebenezer Howard (designação “culturalista” tem o cunho de Françoise Choay). O termo era usado (em sentido lato) para identificar o “refinamento” de determinados traços executados pelos urbanistas ao "desenharem" a cidade. Da necessidade de flexibilidade no desenhar da cidade surgiu a figura dos planos de gestão. Este facto fez cair em desuso o termo Arte Urbana, ficando a relaçao entre Arte e cidade confinada durante à expressão Arte Pública.
Dada a dificuldade de enquadramento das inscrições murais feitas à revelia das autoridades e proprietários no conceito de arte pública, assiste-se a um ressurgimento da designação de “Arte Urbana” que passou a incluir todo o tipo de expressões criativas no espaço colectivo. Esta designação adquiriu assim um novo significado e pretende identificar a Arte que se faz no contexto Urbano à margem das instituições públicas, um dos maiores grafiteiros do mundo são os Gêmeos, Carlos Dias, Daniel Melim, Ramon Martins, Stephan Doitschinoff, Titi Freak e Zezão.
BODY ART
A body Art ( do inglês, arte do corpo) está associada à arte conceitual e ao minimalismo. É uma manifestação das artes visuais onde o corpo do artista é utilizado como suporte ou meio de expressão.
O espectador pode atuar não apenas forma passiva mas também como voyeur ou agente interativo, ia de regra, as obras de body art, como criações conceituais, são um convite à reflexão.
Foi na década de 1960 que essa forma de arte se popularizou e se espalhou pelo mundi. Há casos em que a body art assume o papel de ritual ou apresentação pública, apresentando, portando, ligações com Happening e a Performance. Outras vezes, sua comunicação com o público se dá através de documentação, por meio de vídeos ou fotografia.
Suas origens encontram no início do séc. I na premissa de Marcel Duchamp em que “tudo podem ser usado como uma obra de arte”, inclusive o corpo. E também o francês Yves Klein, que usava corpos femininos como “pincéis vivos” o americano Vito Acconci e o italiano Piero Manzoni. Uma das criações mais perturbadoras do body art foram realizadas durante um protesto por direitos humanos relacionados à Guerra do Vietnã e ao Watergate. Outros artistas criaram obras calorosas, que implicavam atos de automutilação e autoflagelação. Essas obras chegaram ao seu extremo com os Ativistas de Viena e com o também Rudlof Schwarzkogler. Seus principais artistas são; Bob Flanagan, Bruce Nauman, Chris Burden, Dennis Oppenheim, Gina Pane, Marina Abramovic, Mona Hatoum, Piero Manzoni, Rudolf Schwarzkogler, Stuart Brisley, Vito Acconci, Yves Klein e Youri Messen- Jaschin.



BIBLIOGRAFIA
Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal >. Acesso 06, 08 ,09 e 10 Abril 2010.
Martins S. e Imbroisi M. Op Art. Disponível em: < http://www.historiadaarte.com.br/opart.html >. Acesso: 10 Abril 2010
Martins S. e Imbroisi M.. Pop Art. Disponível em: < http://www.historiadaarte.com.br/popart.html >. Acesso: 10 Abril 2010
Performance. Disponível em: < http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3646 > . Acesso 9 Abril 2010
LOPES. P. Minimalismo. Disponível em: < http://www.brasilescola.com/artes/minimalismo.htm >. Acesso: 08 Abril 2010
DEMPSEY A.. Estilos, escolas e movimentos. Tradução: Carlos Eugênio Marcondes de Moura. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. 304 p.
LUCIE-SMITH,E.; Os Movimentos Artísticos a Partir de 1945; São Paulo: Editora Martins Fontes, 2006. ISBN: 8533623127

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